Kung Fu é arte para corpo e mente
Marcela Fonseca
Arte milenar, o Kung Fu surgiu há mais de 5 mil anos na China, desde então abusa de poderosas técnicas de defesa pessoal, filosofia oriental, tradição e respeito, para gerar equilíbrio do corpo e da mente dos que o praticam. Mas a história desta arte marcial no Brasil, de acordo com a Federação Paulista de Kung Fu, (FPKF) é bastante recente.
Com 51 anos de ensino e prática da arte no País, o esporte não conta com muitos incentivos, mas tem o apoio de seus adeptos. Diretor da FPKF, Luiz Carlos Nascimento da Silva explica que a falta de divulgação e notoriedade fez com que a entidade buscasse a criação de uma lei para dar visibilidade ao esporte. Um projeto de lei estadual, aprovado em 2002, instituiu o ‘Dia do Kung Fu’, celebrado todo dia 11 de abril.
“De lá para cá temos visto o interesse do público crescer. Hoje em dia a maior parte dos praticantes não tem nenhuma origem chinesa”, explicou Silva.
Segundo estimativa da FPKF, existem cerca de 10 mil adeptos da arte marcial no Estado paulista. “Muitos procuram o Kung Fu por se tratar de uma atividade disciplinadora. É uma prática que atrai muitas crianças e adolescentes”, afirmou.
De acordo com Silva, a arte marcial ainda oferece aos praticantes muitos outros benefícios. Perda de peso, condicionamento físico e coordenação motora estão entre eles. “São muitas as melhorias observadas a partir da prática do Kung Fu, que é uma modalidade de diferentes estilos. As pessoas acham que é uma coisa só, mas cada movimento é baseado em um animal e, portanto, desenvolve habilidade e técnica de forma particular”, disse. Além das competições, também é comum a apresentação individual no Kung Fu.
Atleta luta por vaga no Pan 2011
Aspirante a uma vaga na Seleção Brasileira de Kung Fu para disputar os jogos Pan-Americanos de Guadalajara, México, em novembro deste ano, Thais Gonçalves de Paula, 20 anos, ficou com a medalha de bronze, em 2009, no campeonato brasileiro.
Forte candidata à vaga, a atleta está na expectativa da convocação. “Acho grande a chance de estar na seleção, creio que serei chamada”, disse ela, que se dedica à prática da arte marcial há três anos. “Gostei e fui me aprofundando neste universo cada vez mais”, completou.
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